terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Ela

Ela tem vários motivos para morrer. Pois morre por quase tudo, só não morre de solidão. Ela tem um coração grande e vários motivos para viver: por exemplo, ela morre de amor e vive ao amar. Ela se joga, vai fundo, se entrega até a última dor. E, se não renasce fortalecida, vive um turbilhão de vida, consuminda nas emoções.
Ela deixa a racionalidade de lado quando o caso vem a calhar. Ela é flor e simpatia. Um doce, um amor, uma sensação. Ela morre a cada instante, num romance, na perda, na entrega, na busca e na falta de um amor – seja pai, mãe ou filha, cachorro, amiga ou irmã –, do meu, por exemplo. Ela é pura vida latente na carne de quem sente o que se passa ao seu redor. Casulos e redomas passaram distantes. Uma leve máscara forticada do material mais delicado é sua defesa. A sua maior conquista, poderiamos dizer, é o coração. Tão imenso coração que domina que controla que não aceita e morre até perdoar, porque, acima de tudo, ama e ama intensamente cada gesto e transpiração do seu amor.
Ela é linda e mulher que um dia pensei desejar... Ora, porque ela me arrebata como se fosse uma arte, mexe com toda minha estrutura psicoemocional. E se eu tive algum dia concentração, a ela, seria atenção nas particulas do seu suor... Seu sorriso lindo e tão incisivo olhar. Ela tem vários motivos para morrer e assim vive cada vez mais. Mas o que é vida senão uma morte lenta e progressiva de boas e más sensações. No entanto, que seja initerrupta, e que eu possa morrer ao lado dela e viver, viver e viver... Cada vez mais.

5 comentários:

Anônimo disse...

Lindo!

Unknown disse...

ow amor, assim n vale...
=~

Pétrig disse...

lindo mesmo.

be disse...

essa eh umas das mais lindas das suas.

Suzan Keila disse...

Bela poesia. Delicada, apaixonada... Muito lindo. Gostoso de ler... =)

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