Se estes teus olhos me dissessem que eu seria todo teu...,
eu me deitaria todo em ti.
e deitado, podia sim,
morrer todo.
Teu.
sábado, 30 de janeiro de 2010
quarta-feira, 27 de janeiro de 2010
Das mudanças da vida...
Flagrou-se mais uma vez pensando nele. Deixou-se arrastar pelos pensamentos madrugada adentro. Era o seu momento mais dileto, a madrugada. Pensava sobre a maneira cômica como tudo havia começado. “Coisa mais louca essa vida da gente”, dizia a si mesma.
Lembrou-se dos antecedentes, dias de amizade indivisível, depois, desentendimentos e falhas de comunicação. Ele sempre teimoso e radical, ela demasiadamente distraída e impulsiva. Quem diria que as coisas mudariam tanto? Um passeio entre extremos!
Ele manteve-se afastado durante certo tempo, ela meteu a cara no mundo a fim de esquecer cicatrizes. Cada um para um lado, completamente diferentes. Quem diria que as coisas mudariam tanto? Alguns amigos arriscavam palpites, apostas.
Hoje, uma necessidade físico-química de estar junto dele. Uma saudade que bate assim que ele lhe sai de vista. Vontade de morar na firmeza daqueles braços, ter a pele arranhada pela barba mal feita, descansar no fundo daquele olhar.
Medo. Ela teme perder-se no silêncio dissoluto desses beijos e não mais voltar a si. Teme que a qualquer momento isso acabe e mais uma vez ela tenha que esquecer.
Quem diria que as coisas mudariam tanto? Felizmente mudam. Numa mesa de bar, num canto qualquer da cidade, numa madrugada inesperada. Algumas pessoas arriscariam um palpite, mas ela não, ela tinha certeza das mudanças da vida.
Lembrou-se dos antecedentes, dias de amizade indivisível, depois, desentendimentos e falhas de comunicação. Ele sempre teimoso e radical, ela demasiadamente distraída e impulsiva. Quem diria que as coisas mudariam tanto? Um passeio entre extremos!
Ele manteve-se afastado durante certo tempo, ela meteu a cara no mundo a fim de esquecer cicatrizes. Cada um para um lado, completamente diferentes. Quem diria que as coisas mudariam tanto? Alguns amigos arriscavam palpites, apostas.
Hoje, uma necessidade físico-química de estar junto dele. Uma saudade que bate assim que ele lhe sai de vista. Vontade de morar na firmeza daqueles braços, ter a pele arranhada pela barba mal feita, descansar no fundo daquele olhar.
Medo. Ela teme perder-se no silêncio dissoluto desses beijos e não mais voltar a si. Teme que a qualquer momento isso acabe e mais uma vez ela tenha que esquecer.
Quem diria que as coisas mudariam tanto? Felizmente mudam. Numa mesa de bar, num canto qualquer da cidade, numa madrugada inesperada. Algumas pessoas arriscariam um palpite, mas ela não, ela tinha certeza das mudanças da vida.
terça-feira, 26 de janeiro de 2010
Ela
Ela tem vários motivos para morrer. Pois morre por quase tudo, só não morre de solidão. Ela tem um coração grande e vários motivos para viver: por exemplo, ela morre de amor e vive ao amar. Ela se joga, vai fundo, se entrega até a última dor. E, se não renasce fortalecida, vive um turbilhão de vida, consuminda nas emoções.
Ela deixa a racionalidade de lado quando o caso vem a calhar. Ela é flor e simpatia. Um doce, um amor, uma sensação. Ela morre a cada instante, num romance, na perda, na entrega, na busca e na falta de um amor – seja pai, mãe ou filha, cachorro, amiga ou irmã –, do meu, por exemplo. Ela é pura vida latente na carne de quem sente o que se passa ao seu redor. Casulos e redomas passaram distantes. Uma leve máscara forticada do material mais delicado é sua defesa. A sua maior conquista, poderiamos dizer, é o coração. Tão imenso coração que domina que controla que não aceita e morre até perdoar, porque, acima de tudo, ama e ama intensamente cada gesto e transpiração do seu amor.
Ela é linda e mulher que um dia pensei desejar... Ora, porque ela me arrebata como se fosse uma arte, mexe com toda minha estrutura psicoemocional. E se eu tive algum dia concentração, a ela, seria atenção nas particulas do seu suor... Seu sorriso lindo e tão incisivo olhar. Ela tem vários motivos para morrer e assim vive cada vez mais. Mas o que é vida senão uma morte lenta e progressiva de boas e más sensações. No entanto, que seja initerrupta, e que eu possa morrer ao lado dela e viver, viver e viver... Cada vez mais.
Ela deixa a racionalidade de lado quando o caso vem a calhar. Ela é flor e simpatia. Um doce, um amor, uma sensação. Ela morre a cada instante, num romance, na perda, na entrega, na busca e na falta de um amor – seja pai, mãe ou filha, cachorro, amiga ou irmã –, do meu, por exemplo. Ela é pura vida latente na carne de quem sente o que se passa ao seu redor. Casulos e redomas passaram distantes. Uma leve máscara forticada do material mais delicado é sua defesa. A sua maior conquista, poderiamos dizer, é o coração. Tão imenso coração que domina que controla que não aceita e morre até perdoar, porque, acima de tudo, ama e ama intensamente cada gesto e transpiração do seu amor.
Ela é linda e mulher que um dia pensei desejar... Ora, porque ela me arrebata como se fosse uma arte, mexe com toda minha estrutura psicoemocional. E se eu tive algum dia concentração, a ela, seria atenção nas particulas do seu suor... Seu sorriso lindo e tão incisivo olhar. Ela tem vários motivos para morrer e assim vive cada vez mais. Mas o que é vida senão uma morte lenta e progressiva de boas e más sensações. No entanto, que seja initerrupta, e que eu possa morrer ao lado dela e viver, viver e viver... Cada vez mais.
sábado, 23 de janeiro de 2010
Um pouco de mim
Encontro-me pelos extremos:
Entre solitários, parcos, sentimentos,
Grandes e largas excitações.
Um tanto irremediável,
Um pouco volúvel,
Encontro...
Em certos mares, crença de encantamento;
Fábulas e poucos juramentos de navegar
E desalinhar o que destino trouxe pra mim.
De tudo, no fim, tudo um cais.
Encontro pelos extremos,
Do mundo que criei,
Aquilo que busquei fugir...
Pois não estava fora da minha imaginação.
De tudo, no fim, tudo um cais;
Encontro nos fins um pouco de mim.
Entre solitários, parcos, sentimentos,
Grandes e largas excitações.
Um tanto irremediável,
Um pouco volúvel,
Encontro...
Em certos mares, crença de encantamento;
Fábulas e poucos juramentos de navegar
E desalinhar o que destino trouxe pra mim.
De tudo, no fim, tudo um cais.
Encontro pelos extremos,
Do mundo que criei,
Aquilo que busquei fugir...
Pois não estava fora da minha imaginação.
De tudo, no fim, tudo um cais;
Encontro nos fins um pouco de mim.
sexta-feira, 22 de janeiro de 2010
Velha roupa colorida
Você não sente, não vê
Mas eu não posso deixar de dizer, meu amigo
Que uma nova mudança em breve vai acontecer
O que há algum tempo era novo, jovem
Hoje é antigo
E precisamos todos rejuvenescer
Nunca mais teu pai falou: "She's leaving home"
E meteu o pé na estrada "like a Rolling Stone"
Nunca mais você buscou sua menina
Para correr no seu carro, loucura, chiclete e som
Nunca mais você saiu à rua em grupo reunido
O dedo em V, cabelo ao vento
Amor e flor, quede o cartaz?
No presente a mente, o corpo é diferente
E o passado é uma roupa que não nos serve mais
Você não sente, não vê
Mas eu não posso deixar de dizer, meu amigo
Que uma nova mudança em breve vai acontecer
O que há algum tempo era novo, jovem
Hoje é antigo
E precisamos todos rejuvenescer...
Belchior
Mas eu não posso deixar de dizer, meu amigo
Que uma nova mudança em breve vai acontecer
O que há algum tempo era novo, jovem
Hoje é antigo
E precisamos todos rejuvenescer
Nunca mais teu pai falou: "She's leaving home"
E meteu o pé na estrada "like a Rolling Stone"
Nunca mais você buscou sua menina
Para correr no seu carro, loucura, chiclete e som
Nunca mais você saiu à rua em grupo reunido
O dedo em V, cabelo ao vento
Amor e flor, quede o cartaz?
No presente a mente, o corpo é diferente
E o passado é uma roupa que não nos serve mais
Você não sente, não vê
Mas eu não posso deixar de dizer, meu amigo
Que uma nova mudança em breve vai acontecer
O que há algum tempo era novo, jovem
Hoje é antigo
E precisamos todos rejuvenescer...
Belchior
quinta-feira, 21 de janeiro de 2010
outro N do teu amor...
O sabor amargo,
das tuas palavras duras,
que tanto ferem,
tomadas de raiva,
em mim,
sei nem porque, sempre têm efeito contrário,
acalmo todo,
sendo um por fora,
e outro pro dentro,
esperando tua raiva passar,
teu sorriso brotar,
teu corpo clamar,
e teu amor ser denovo somente meu.
das tuas palavras duras,
que tanto ferem,
tomadas de raiva,
em mim,
sei nem porque, sempre têm efeito contrário,
acalmo todo,
sendo um por fora,
e outro pro dentro,
esperando tua raiva passar,
teu sorriso brotar,
teu corpo clamar,
e teu amor ser denovo somente meu.
"carne vale"
Ontem, a festa éra à toa,
ontem a noite, a tarde era boa,
e o dia manhã,
ontem tinha bebida, dança e paixão,
era seus olhos, e os meus no salão.
Ontem não tinha foguete,
nem tinha balão,
tinha suor enbebido,
tinha estrago, e gemido,
tinha desejo, senão.
Ontem a vida,
éra toda carnaval.
ontem a noite, a tarde era boa,
e o dia manhã,
ontem tinha bebida, dança e paixão,
era seus olhos, e os meus no salão.
Ontem não tinha foguete,
nem tinha balão,
tinha suor enbebido,
tinha estrago, e gemido,
tinha desejo, senão.
Ontem a vida,
éra toda carnaval.
Um suspiro apenas.
E sê-lo assim, digo, aquele homem tão só,
tão somente sádico, deve ser tão ruim.
Meio escuso, quissá esquisito.
Um estado quase sempre paranormal,
extraindo de todos que consegue, interage,
um algo errado, estranho,
intimo e verrosimil, todo peculiar.
E ver-se assim, cabisbaixo d'alma, aquele homem tão nó,
sabiamente sapo, tão são deve ser.
Meio mistico, talvez divertido,
Um espaço quase nunca normal,
extraindo de ambos que interage,
um bem supremo, estanho,
intimo e verossimil, doce peculiar.
tão somente sádico, deve ser tão ruim.
Meio escuso, quissá esquisito.
Um estado quase sempre paranormal,
extraindo de todos que consegue, interage,
um algo errado, estranho,
intimo e verrosimil, todo peculiar.
E ver-se assim, cabisbaixo d'alma, aquele homem tão nó,
sabiamente sapo, tão são deve ser.
Meio mistico, talvez divertido,
Um espaço quase nunca normal,
extraindo de ambos que interage,
um bem supremo, estanho,
intimo e verossimil, doce peculiar.
terça-feira, 5 de janeiro de 2010
Um pouco sobre Ela
Ela só queria alguém para chamar de seu. Seu homem, companheiro e amor. Algo um pouco difícil, não se vendia por aí companheiros pré-fabricados, a pronta entrega. Ainda mais para ela que queria ser a rainha, a mulher na qual o sol repousa e deixa marcas da paixão ou amores de carnaval. Ela era sensível e simpática, lia Quintana e conhecia Camões. Ao sambar, não tinha para ninguém.
Ela era fã de Clarisse e emitia boas opniões. Assim posso dizer que ela era uma mulher inteligente... Até se apaixonar pelo cara errado, pois, talvez, este a levavasse a loucura, alquebrava todos os seus limites, toda linha de ordem ou razão. “Uma mulher bem sucedida não poderia ser tão volúvel assim”. Ah, ela amava Chico e queria um homem que ficasse em seu corpo feito tatuagem. Queria coragem pra seguir viagem após desilusão. Ela buscava afeto e apoio nas amigas, sempre unidas na dieta, na festa, na opnião. Uma jamais poderia trair as outras, mesmo quando disputavam olhares daquele que elas queriam coroar rei. Este, às vezes, insensível mexia com todas, ficava com uma e se cansava de algumas. Pedia ao pré-caso um pouco mais de solidão, a dois.
Só que os casos passam e amigas não matam desejo e nem são chocolate para se comer. Ela tinha fome e desejo. Entretanto, a insegurança a impedia de se jogar. Ela queria viver um amor de verdade, se entregar ao outro por inteira, perder a noção das horas; jogar tudo fora e criar raizes para amar. Tudo tão intensamente que acabava por destruir o Castelo e por em fuga o rei. Nada do extremo programado dava certo.
Ela já era quase um caso perdido. No entanto, quando perdeu o abrigo encontrou proteção. Quando já andava por aí se achando velha demais para se apaixonar; quando já se foram as amigas, um dia, após uma batida, aquele alguém veio lhe ajudar. Este alguém nunca foi seu por inteiro, mas nunca lhe deixou só. E hoje ele chora o amor que perdeu.
Ela era fã de Clarisse e emitia boas opniões. Assim posso dizer que ela era uma mulher inteligente... Até se apaixonar pelo cara errado, pois, talvez, este a levavasse a loucura, alquebrava todos os seus limites, toda linha de ordem ou razão. “Uma mulher bem sucedida não poderia ser tão volúvel assim”. Ah, ela amava Chico e queria um homem que ficasse em seu corpo feito tatuagem. Queria coragem pra seguir viagem após desilusão. Ela buscava afeto e apoio nas amigas, sempre unidas na dieta, na festa, na opnião. Uma jamais poderia trair as outras, mesmo quando disputavam olhares daquele que elas queriam coroar rei. Este, às vezes, insensível mexia com todas, ficava com uma e se cansava de algumas. Pedia ao pré-caso um pouco mais de solidão, a dois.
Só que os casos passam e amigas não matam desejo e nem são chocolate para se comer. Ela tinha fome e desejo. Entretanto, a insegurança a impedia de se jogar. Ela queria viver um amor de verdade, se entregar ao outro por inteira, perder a noção das horas; jogar tudo fora e criar raizes para amar. Tudo tão intensamente que acabava por destruir o Castelo e por em fuga o rei. Nada do extremo programado dava certo.
Ela já era quase um caso perdido. No entanto, quando perdeu o abrigo encontrou proteção. Quando já andava por aí se achando velha demais para se apaixonar; quando já se foram as amigas, um dia, após uma batida, aquele alguém veio lhe ajudar. Este alguém nunca foi seu por inteiro, mas nunca lhe deixou só. E hoje ele chora o amor que perdeu.
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Das dunas fiz um porto.
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