Faltam palavras...

Como é difícil falar das coisas belas;
Como é difícil falar do que realmente sentimos,
Não é que não falamos, é que as palavras tonam-se difíceis.
Mesmo a palavra perfeita vem fora de encaixe,
Forçada ao leito dos sentimentos sinceros.
Ela vem usurpando o próprio valor sentido,
Trazendo pra si os significados das tensões corporais.
Usurpadora palavra, se não fosses tu, como seria a declaração de amor;
A explicação, o desentendido.
Será que ela perceberia mais facilmente as outras formas de comunicação?
O silêncio e olhos longos desvelando um pedaço de intenção; as vibrações corporais, a densidade da pele ao contrair-se na outra, meu desejo?
Quando eu digo que não te digo é porque não precisava dizer ou porque já fora dito e redito nas pequenas formas de comunicação.
Não espere o certo, não espere que eu saiba explicar o que sinto em folhas de papel, nas vibrações fonéticas ou somente na palavra amor...

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