Homem cão
Depois de ouvir uns sussurros, não seria nada além de sussurro, ele viu em seus olhos uma dúvida falsa. Ela falava baixinho, melodicamente, palavras que um observador só poderia imaginar pelo tremor de quem a ouvia. O que diria aquela mulher?
Ele se fazia nervoso, se fazia notar pelos seus gestos exagerados, olhos espantados de quem ouvira uma notícia ruim. Parecia que a cólera o dominava ou que simplesmente ele exagerava como se fosse alguém que necessitasse aparecer. Sem dúvidas ele representava. Ele parecia não acreditar no que ouvira. Ele a condenava pelo olhar. Não sei se era um olhar de desprezo, era mais um olhar de decepção. Mas como uma voz tão meiga, uma postura tão sensual poderia decepcionar alguém?
Imagino logo que ele teria feito planos para aquela noite, planos tais que ela não imaginara participar. Pois ela estava leve em meio a todos, soltando risos, sussurros, gritos possíveis de alegria e fotos e mais fotos para registrar. Ele ia de um lado para o outro, parecia vigiá-la a cada gole. Um peso imenso no seu corpo. Seu olhar para ela às vezes era de cão sem dono a dono de cão. Ele se impacientava facilmente, fazendo-me até a evitar olhá-lo para que eu não me agoniasse.
Deixei que o tempo passasse. Outras coisas iriam me entreter, o meu próprio enredo que aqui não vou contar. Entretanto, de vez em quando, voltava a observá-los e as cenas que criavam que viviam que imaginavam ser reais. Era um casal interessante: ele com sua raiva de corno antecipado e ela com sua alegria provocante. Até quando iria durar aquele ato? Só sei que, lá para o fim da festa, seu humor mudou. E ela, ainda leve, possuía agora e lançava para ele sutis olhares de remissão.
Ele se fazia nervoso, se fazia notar pelos seus gestos exagerados, olhos espantados de quem ouvira uma notícia ruim. Parecia que a cólera o dominava ou que simplesmente ele exagerava como se fosse alguém que necessitasse aparecer. Sem dúvidas ele representava. Ele parecia não acreditar no que ouvira. Ele a condenava pelo olhar. Não sei se era um olhar de desprezo, era mais um olhar de decepção. Mas como uma voz tão meiga, uma postura tão sensual poderia decepcionar alguém?
Imagino logo que ele teria feito planos para aquela noite, planos tais que ela não imaginara participar. Pois ela estava leve em meio a todos, soltando risos, sussurros, gritos possíveis de alegria e fotos e mais fotos para registrar. Ele ia de um lado para o outro, parecia vigiá-la a cada gole. Um peso imenso no seu corpo. Seu olhar para ela às vezes era de cão sem dono a dono de cão. Ele se impacientava facilmente, fazendo-me até a evitar olhá-lo para que eu não me agoniasse.
Deixei que o tempo passasse. Outras coisas iriam me entreter, o meu próprio enredo que aqui não vou contar. Entretanto, de vez em quando, voltava a observá-los e as cenas que criavam que viviam que imaginavam ser reais. Era um casal interessante: ele com sua raiva de corno antecipado e ela com sua alegria provocante. Até quando iria durar aquele ato? Só sei que, lá para o fim da festa, seu humor mudou. E ela, ainda leve, possuía agora e lançava para ele sutis olhares de remissão.
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