quarta-feira, 24 de novembro de 2021

Você viu o velhinho?

Se você visse o velhinho

no seu Siena 2007

com o adesivo 

da bandeira do Brasil

dizendo: 

ame-o ou deixe-o!

Você iria pensar

que era apenas 

um rapaz latino americano

sem dinheiro no banco?


De manha cedinho

Minha poesia é tão frágil

e rima tão à toa

que nem penso no que é importante

e assim, ela nem sabe o que vale.

Está só há um dia de distancia

e se despede brigando por eu ser.


Até breve poesia! 

Quando logo eu voltar não espere 

que até lá, eu sinta

qualquer saudade de você

nem que sequer o diga

que só fica a fadiga do dia, 

e da noite, sua ausência.


O que já se supõe sobre mim, 

ficou no verso interrompido. 

Ela fala, eu farei. Até voltar. 

domingo, 21 de novembro de 2021

Cigarra

Eu

que gosto 

do maço 

de cigarro 

aceso. 

Aqui busco 

em teus olhos,

qualquer traço

de fumaça,

cinza

ou troço.

que te traga

brasa 

até mim.

Dezenove minutos

Uma e dez e uma ideia 

encabeça inteira a minha rima.

Por onde ela vai sair?

Por qual palavra irá fluir antes de vir a tona 

no tonel etílico da poesia bêbada?


Uma e treze e uma saga na gente

persiste, e enfeitiça a lírica.

Aonde ela vai te ler?

Aonde ela te tocará?

Depois de vir a superfície 

no ébrio barril

da prosa sóbria

como a pena? 

terça-feira, 2 de novembro de 2021

Deixe quieto

Deixe quieto os meus erros,

pois

 são presentes de quem,

 ao apontar o dedo,

suplica aprovação.

Eu os aceito de peito  aberto

e com perdão.

Não há o que falar.

Nada a ouvir.

Cada um segue ao prosseguir...

Errando sem os anéis,

Mas com os dedos nas mãos.


Das dunas fiz um porto.

Diante de ti tremo e tenho tudo e remo tanto  para não falar que minha rima fraca e cansada de repouso e  de descanço de um trabalhador da p...