Chico
A morte é um pai para a vida.
Ensina-a ser vivida como se fora para sempre.
Assusta-a como se fosse n'um instante.
Inclina-a ser sentida como n'um ventre.
A vida é um filho para a morte.
Evita-a de ser rápida, intrépida.
Ampara-a de ser breve, a quer sorte.
Exprime-a de ser arte, ainda que numa lápide.
Ah vida, ah morte! Sois tão forte e sofrida.
que há morte na vida e na morte não há.
Ensina-a ser vivida como se fora para sempre.
Assusta-a como se fosse n'um instante.
Inclina-a ser sentida como n'um ventre.
A vida é um filho para a morte.
Evita-a de ser rápida, intrépida.
Ampara-a de ser breve, a quer sorte.
Exprime-a de ser arte, ainda que numa lápide.
Ah vida, ah morte! Sois tão forte e sofrida.
que há morte na vida e na morte não há.
És vento, és rima.
É antes do fim e depois o começo.
A poesia.
É sim e não ao mesmo tempo.
É tempo, espaço infinito.
De nada em movimento.
É antes do fim e depois o começo.
A poesia.
É sim e não ao mesmo tempo.
É tempo, espaço infinito.
De nada em movimento.
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