sexta-feira, 12 de junho de 2020

O que não digo

Quero e não devo...
sinto e não minto
o erro que percebo
 é tu que imagino,
meu bem querer,
no amor bandido
a culpa é não ser
carne, cheiro e suor.
Assim, deixar na mente
o que o coração sente,
deixa o corpo,
surpreendentemente,
louco por ti.






quarta-feira, 10 de junho de 2020

Com endereço certo

A quem interessa as indiretas?
Seria uma seta a seguir...?
Uma indireta jogada ao vento,
quantos pode atingir?
Uma indireta seria dizer sem nada ter dito?
Uma rede jogada ao oceano para algo pegar?
Insidiosa, a indireta te entrega e, se, de fato,  há um endereçado, ela nega.
"Não foi para ninguém, sossega."
Talvez fosse para aquele que tua covardia não te deixar assumir?
Mas o que eu posso falar, se o que é este texto senão uma indireta pra ti!

segunda-feira, 8 de junho de 2020

O pão de minha

Acabou, só tem batatas.
Antes não ter nada às baratas.

O cão devia, amassou.
Governa nada, ruge a rua.

A sua farinha acabou.

O contentamento inválido

Tá decidido!
Vou começar a ter prazer na dor pra ver se eu paro de sofrer...
Assim, vou ter uma satisfação na angustia que leva a procrastinação;🤗
Um gozo na falta do amor perdido;😅
Um riso em cada azar diário... 😁
Ao olhar  nosso presidente com sua atitude de otário,
gargalhadas frenéticas com o noticiário...😂
Mas o que iria matar mesmo de alegria seria o mugido do “gado”.🤣
Hilário:
 preconceito,
 violência,
morte.😬
       Seria demais até pra um sádico...😵
Passo!😔
Inferi que humano é ser solidário!🤔

terça-feira, 2 de junho de 2020

Convide-se.

Antes a poesia começava no rabiscar de alguma letra, tinha um som só. 
Único do peso da mão e do papel recebedor do sentimento.
Hoje o som é de teclas, como de um piano em preto e branco.
Mal cabem cores no seu som. 

Mas no fundo do monocromático teclado, também há brilho. 
E a reza e medo.
Em tempos incertos e noites de febre. 
Em que uns se vão e outros não.
Definitivamente o sentimento da poesia não é bom.

É assustado a cada ciclo de incubação. 
Finalmente é morto, como um sim de aceitação
aos planos sabidos das deusas.
Em que uns voarão e outros sim,
hão de ficar e querer.

Antes o poema terminava feliz
no desenhar de seus caprichos.
Tinha até ponto final,
ia dormir a salvo do teclado sentimental.

Mas. o amanhã testará o suor d'uma esperança colorida. 
Afinal, nos monocrômicos olhares também cabem arco-íris. 

Distintivamente no interesse dessa poesia que quer ser boa,
há natureza relativa.
É concisa e racional a cada novo ciclo de sol.
Inicialmente é viva, um não da fé aos desígnios.
Em que uns permanecerão, mesmo tantos outros tendo partido. 

Das dunas fiz um porto.

Diante de ti tremo e tenho tudo e remo tanto  para não falar que minha rima fraca e cansada de repouso e  de descanço de um trabalhador da p...