Isolado desse lado de cá
fico eu a cismar sozinho a noite.
Sonhando novas bandeiras p'ro meu lugar.
Entre tantas faltas:
aqueles que não podemos abraçar.
Há sorrisos de velhos e passos de crianças
em tardes de sol e noites sem luar.
Sem entender as estrelas,
saber que a primazia da saudade forçada
é salientar o que resta de nós
e humanizar nossas distâncias.
Dos que nascem e dos que morrem,
quero a melhor lembrança.
Da menor ausência:
ter paciência, viver um ano de cada vez.
Amar o seus, e nada mais.
terça-feira, 31 de março de 2020
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