quarta-feira, 20 de fevereiro de 2019

Poema que nada diz ou Saudação ao morto.


Se tu já não és barros Manoel, ficou sendo. Para que haja poesia e há.

Só quem não te leu, viu na fabricação de qualquer poema um erro.

É vil te ler certo, eu sei.

O sujeito fica congelado e experimenta a eternidade efêmera das pedras.

Finca-se madeira velha, cedro e carvalho anciãos.

Mas me interessa é saudar-te e escrever esse verso mal lido. 
Incrustado ainda em ti, ele quase não veio: não queria vir.

Se arrastou tanto o coitado, palmo a palmo de si... 
Veia à veia mudando de plano espiritual.

E só apareceu no fim 
e não pareceu dizer nada.

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2019

O teu amor é um cadáver em

de
com
po
si
ção...

Os vermes se alimentam
a
in
da

vida.




quinta-feira, 14 de fevereiro de 2019

Sincericídio


Seria
       suicídio
ser
       sincero

ao sermos simples

                   seres solúveis
 
  sagrados
                         na solidão

                                   de ser sonho
suspenso
                       por signos

 de sentimentos
                              alheios.

Das dunas fiz um porto.

Diante de ti tremo e tenho tudo e remo tanto  para não falar que minha rima fraca e cansada de repouso e  de descanço de um trabalhador da p...