Lua



Vida de poeta: boemia e solidão...
Sem versos vou, cem rimas faço,
Nó seco na garganta, choro engolido.
Métrica fraca e passos incertos...
O caminho é diferente toda vez que eu passo
E o erro parece sempre mais cômodo que acertar.
Mas restam ainda duas horas de escuridão.
Dá menos trabalho errar. Falta luz e sobra vela,
A esperança é uma reza, a oração das expectativas...
O bicho homem foi feito para tudo,
Menos para a poética solidão em que se coloca.

Comentários

Suzan Keila disse…
A esperança é um abstrato que alimenta os nossos vazios.

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