domingo, 17 de fevereiro de 2013

Sotaque


Eu amo à distancia
morro na proximidade
morro assim de felicidade.

Amor de perto é carne
que arde do sol que bate no lindo corpo teu.
E vai temperando com o sotaque todo o amor meu.

Eu amo na proximidade,
pois morro com a distância
morrendo assim de esperança
do amor ao longe aumentar
com o tempero da saudade
que bate por todo corpo meu
como uma febre de amor
de quem provou
de quem amou o sotaque teu.

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

A necessidade


Precisava de ti, andava afastado do teu encalce,
A poesia não vinha, findava antes de existir.
O papel–tela parece moderno, mas reflete as antigas dores.
Que vão ao se acumularem, incólumes em mim,
Explodem em poema triste,
Que seja! Melhor que a raiva,
a perda da fé, ou ainda a lágrima,
que outrora escondia meus versos...
e cansava o poeta de vida.
O sonho é cada dia mais necessário.

Dentro dele.


Estava tudo vazio
Tudo era morto,
Uma lacuna imensa,
Fazia-se crescer como um vácuo.
Uma interrogação? Não, eram mais reticencias do nada,
Ai, o tempo passou, e nele criou o oco,
O cavo, o buraco vago, a cavidade desocupada,
a brecha e o esvazio,
o vão. 

Ode a festa!


Adrastéia que entope os sambas,
E cálida cai no desengano das relações impossíveis e reais,
Parece uma Melisse torpe,
Como uma dança, uma doçura.
Corpo velado no pecado, e no destino incerto.
Somos todos carnavais, da luxuria e do medo!
De carne e frevo, e osso.
Somos todos litorais,
Farinha, cinzas, plumas e quartas,
Cheiros e brincos, lanças do ar, o perfume!
Almateía para os loucos
Ide todo aos inspirados,
Adamantéia da alma: guarda se puder a paixão!
Que hora passa aqui apressada.  

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

As cores da alma.

Cores mórbidas
em desenhos vazios.

Vidas em branco e preto.

Desenhos inacabados e
brilhos contidos...

Minha alma é dotada
de todas as cores.

As mais vivas,
as mais vibrantes.

É combustível de
vida e alma.

Falta cor...

Rascunhos vazios e
desenhos grosseiros.

Corações sem cor 
pulsando 'bradicardiamente'.

Lábios sem expressão
sorrindo mecanicamente.

Do preto e do branco...

O cinza.

Do preto ao branco...

As cinzas.

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Imortal

Tudo que temos é o amor,
 o amor não se acaba,
só a matéria é consumida com o tempo.
Acaba não, eu me lembro quando eu deixei o meu amor partir.

Mas ele voltou e mais intenso
Riu do que era sofrimento
Deu-me o alento dado no amor.

Eu quebrei meus ossos
Perdi minha casa e o chão
Em cima, só as flores do amor que ficou.

Vivi até gastar a última carne.
Os desencantos do mundo me pareciam piadas de mau gosto,
porém suportava-os, porque um dia tudo iria acabar.

Só não o amor,
o meu alento,
E ao amar, tornei-me imortal!

Como tal sentimento tido por nós.



Das dunas fiz um porto.

Diante de ti tremo e tenho tudo e remo tanto  para não falar que minha rima fraca e cansada de repouso e  de descanço de um trabalhador da p...