quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Saudadinha

Um dia rabisquei de ti pequenos versos
e de improviso te fiz letra e canção,
um samba rouco talvez,
por hora triste,
em noite de lua
em roda de bar
pandeiro e violão.

Canto hoje ele turvo,
esquecido das horas,
deixando a saudade
senhora de mim.
Amanha porém,
há de ser alegria,
riso frouxo,
gargalhada
brincadeira,
como de criança.

Ninguém chora no ombro do carrasco.

Eu não vou deixar, nem contrariado, as mágoas presas em mim. Irei vomitar todo o ciúme que sinto. Vou sujar os teus pés. Eu terei a alma limpa quando me recuperar da ressaca. Vou olhar tua cara tremer, e dar-te-ei um banho de sinceridade. Coisas que só se dizem no fim, sem medo de perder... Mas, por enquanto, sai... deixe-me em paz com todo os ais duma decepção. 

Das dunas fiz um porto.

Diante de ti tremo e tenho tudo e remo tanto  para não falar que minha rima fraca e cansada de repouso e  de descanço de um trabalhador da p...