Há quanto tempo a poesia me falta?
A que outros vícios me entreguei?
Se a ti alma, saciei com farpas
e nos contrários nesse mundo divaguei?
E enquanto somo-me a muitos,
iguais e nem sei,
me esqueço dos teus casos,
e me canso
dos "já sei!"
Quero denovo nos teus braços me atracar,
e feito louco nas tuas ruas caminhar,
gritando aos tolos a saudade que senti,
dizendo a eles dos amores que vivi.
E se de certo, as vezes me apago,
e prá denovo e de fato virar luz,
clareando todos os meus passos,
que no escuro, a este tempo, eram nús.
É por tanto, que choro tua ausência,
poesia ruim de escrever...
por serdes de todos os meus males,
um senão enrustido bem-querer.
Esse que ao se expor, nem belo é,
e já nem precisa ser,
basta se fazer evidente,
naquilo que ouso dizer.
E o que digo é te amo;
é te odeio e é te clamo;
pela glória de torna-se imortal no meu espirito.
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2 comentários:
Lindo, profundo, tão profundo como eu jamais ví. A poesia é tua dama, o lirismo tua chama!
Parabéns Trigueiro!
A poesia voltou correndo aos seus braços... Tenho ctz q ela não resistiu e encantou-se com tão belas palavras... Parabéns, Poeta!
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