terça-feira, 28 de junho de 2022

Misolada

Dias comuns precisam rimar

com algo que venha do fundo

e possam quem sabe brincar

com as alegrias do mundo.


Meu deus que poesia fácil.

Não vem de canto nenhum

e parece inaudível,

um som em silêncio só.

 

Que posso eu, se não adiantar pra ti

tanta saudade?

Perdido na semana que se foi.

 

Dias assim carecem sumir

como o vento frio da noite,

e quem sabe vão pra tão longe,

que levam consigo o açoite.

 

e se faltas, te encontro em breve

afastado de todos

perto e logo só de nós dois. 

sexta-feira, 3 de junho de 2022

Fragmentos de uma coisa só


Eu queria fazer um poema a teu alcance, assim, meio distante.

Porém, aqui, rente ao chão, tudo é meio rasteiro. 

Sei da minha culpa, pois inflei tanto o teu ego que implodi o meu desejo. 

E te olhando nas alturas, ao sabor dos ventos, vi a tua queda ao som dos trovões.

 Por favor, não confunda desespero com desprezo...

Eu me desespero, pois depois dos dois beijos tudo é traiçoeiro.

Quando pensei em cativar a tua alma eu já estava preso. E assim pude, sem ser o que mereço, ansiar por liberdade e não por paixão. 













Das dunas fiz um porto.

Diante de ti tremo e tenho tudo e remo tanto  para não falar que minha rima fraca e cansada de repouso e  de descanço de um trabalhador da p...