segunda-feira, 24 de agosto de 2015

Últimas

Não tenho nada a falar
Ouça o meu silêncio sincero
a pausa cortada do que já vivi.

Ouça
atenciosamente
a sua memória,
um sentimento
fraterno ou seria
a paixão.

Se ouvir,
Existe assim um último ser
prevalecendo  entre outros
absurdo, absorto, abusivo
amor.

É o que resta de mim
não há corpo nem alma
só uma paz tão calma
que entrego a ti.

quarta-feira, 12 de agosto de 2015

A língua.

Sempre fui péssimo leitor. Ansioso, queria terminar logo a leitura e eu mesmo escrever aquelas coisas maravilhosas. Daí corria para escrever, e escrevia. Foi assim que me descobri um péssimo escritor. E agora, o que eu faria dessa paixão? Daí a poesia permitiu-me comunicar-me, assim ridículo, e minha palavra pôde então ser absurda. 

Das dunas fiz um porto.

Diante de ti tremo e tenho tudo e remo tanto  para não falar que minha rima fraca e cansada de repouso e  de descanço de um trabalhador da p...