segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

No outro dia.

Como descrever o meu olhar quando ele é triste?
Sem brilho, vago, sem vaga, morto!
Como dormir pesadelo à noite e acordar poesia de manha?
Tal qual estrela quando é dia, raiando toda a energia, onde repousa meu pesar!

Não dá. Melhor não fazer nada,
é só o tempo acomodando uma mágoa.
Fazendo seu trabalho. 

Deixe-o passar, é inútil interferir no tempo das coisas,
e a angústia agora, parece mais o refinamento do importa-se!
Nem um grão é tempestade, nem o sopro é furacão,
mas teus ventos, teus ventos? Ah, esses sim reviram tudo quando passam!

E no outro dia, toda a casa é rude como caça, e soa torta como um não.

sábado, 21 de dezembro de 2013

Mapa astral

Não é que a cigana tenha acertado,
é que, sabendo da profecia,
a moça se permitia a fazer tudo para realizá-la.
É como aqueles que acreditam em horóscopo,
cometem os erros e justificam:
a culpa é do meu signo,
o alinhamento de Vênus,
 e o cu de Saturno.

Só podia dar merda, te juro!

alguens

Eu me permito,
 migrar constantemente dos sentimentos,
coisa e casos afins, assim... sem menos, nem mais, nem porquês ?
só sims, ou poraquês... por ai, quaisquer!

Das dunas fiz um porto.

Diante de ti tremo e tenho tudo e remo tanto  para não falar que minha rima fraca e cansada de repouso e  de descanço de um trabalhador da p...