domingo, 26 de agosto de 2012

Tenha fé


Reza.
Estamos  no tempo da angustia.
O corpo, na ansiedade, flui sem desculpas.
E continua, ao sabor das dúvidas, amando à distância a matéria que se dissipou.

Em mim,
Reza as propriedades do amor que saudade concedeu.
No espaço  entre a certeza de unir e o tempo de sentir, sei que não é só...

Reza.
O amor já está tão perto.

Mesmo assim, o futuro carrega o passado nas costas.
Cultivado pelo presente momento que se esgota.
Cultivado pelo amor pesado na saudade.

Esta,
Dói.
Mexe.
Aperta.
Arde, ao querer sair como suor.

Saudade é o presente que o amor me deu.
Portanto, reza.
Eu quero te saudar com a minha saúde.
Mesmo ao ansiar morte das lembranças.
Quero viver os dias ao  lado teu.

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Sinceramente, prefiro as palavras não ditas...


Acordado, sem matar o desejo, na madrugada, eu procuro os sonhos. Existe anseio pela vida que o espaço não traz. Assim, a cada dia mais preso ao lugar de conveniência, os sonhos passam por trás de uma cortina leve. Quanto mais fixo, o mundo se distancia. Eu estou entre eles, porém, cada vez mais, estou dentro... Penso que quando faltam ações contínuas, você se volta para si. Ou se volta para o descanso de sentir a pulsação da natureza. Isso se não estivermos abatidos, pois se, nos voltamos para televisão.  Ando meio avesso às críticas e as reclamações. Vejo com clareza a mediocridade. Acho que esse é o patamar dos nossos gênios atuais. Por isso, prefiro os simples, aqueles que lutam os que não julgam os que seguem sem afirmação.  Falar anda difícil, desculpe-me, falar não é um verbo em movimento. Falar é um verbo de ligação. Ouço o silencio esperando ser salvo pelo amor. 

domingo, 5 de agosto de 2012


Cansaço de alma
transformado em poesia.

Grito da alma.

Tristeza materializada,
outrora abstrata...

Sabe
         DOR
                    ia

Sabe DOR?
                     ia...

                         
Foi!

Dorme o riso
e as lágrimas velam seu sono...

Dorme a fantasia
e a incredulidade assombra sua noite...

Dorme a menina
sem sonho, sem fé, sem fantasia...

Amanhã,
quiçá,
o riso acordará
vestido de fantasia
saracoteando
nos sonhos
da menina
de fé.

Das dunas fiz um porto.

Diante de ti tremo e tenho tudo e remo tanto  para não falar que minha rima fraca e cansada de repouso e  de descanço de um trabalhador da p...