sexta-feira, 13 de julho de 2012

Trovador errante.


Essa alvorada serei vento,
e soprarei o chamado frio da natureza.
No inverno que corre lento,
e vem atento despertar teu leito.

Na manha seguinte, serei fogo,
queimarei tuas vilas, e cidades,
restará só cinza de teus lares,
um fio miúdo do teu grão,
 uma vaca magra a agonizar!

No fim da tarde arderá teu sangue e filhos
e na noite fria de então, serei a Morte,
e te farei a cama... e servirei teu chá.

No caminho p’ro leito eterno.
Te envolverei em lençóis bardos,
que riscaram infernos tristes,
e céus amenos e
somar-se-ão a ti, 
fantasmas e lobos famintos.
Naquela mesma madrugada
sereis livre para vagar no infinito dos teus sonhos.

sábado, 7 de julho de 2012

Sambabom




De tristeza, nessa noite nada tenho,
sinto só o vão pretérito,
como um vento,
que vem vindo lá de longe
assobiando o futuro incerto.
Sei ao menos, no entanto
que o caminho é curto,
e que o destino é lento,
e que longe são meus passos...
sem os teus pra caminhar, 
tão solitários, são só enlaço,
de um falso eu a exaltar.
Mas que só vão ao teu encalço
p’ra inflamar nossa união.

Guarda contigo uma saudade,
um abraço, uma amizade,
um barzinho, um violão...
Vem ! Vamos embora,
essa é a hora:
vai sambar meu coração...

Das dunas fiz um porto.

Diante de ti tremo e tenho tudo e remo tanto  para não falar que minha rima fraca e cansada de repouso e  de descanço de um trabalhador da p...