sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Filosofia

  • Aquela terna vontade de estar perto faz com que os motivos banais sejam maravilhas das descobertas humanas. E conhecer tuas opiniões sobre essas maravilhas banais dá o tom da minha felicidade cotidiana. Pautada, quase sempre, no antes, durante e depois das nossas viagens filosóficas, a qual, apesar de toda filosofia, não seria nada se eu não pudesse repousar em sua cama; quieto, calado e próximo ao seu corpo.

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Samba da indagação!

Onde estava eu,
naquela altura da hora,
coberto em confeite,
daquele frevo e suor?
Onde estava eu,
Esquecido entre tantos,
e tantos meninos,
eu estava só?

Era só mais um frevo,
que fervia tudo,
na noite de cá?

De certo a avenida,
que ouvia tudo
em que correu o tom.
Dançou noite inteira,
ao som da tonteira,
dos homens sem dom.

E fez-se silêncio,
quando já era dia,
quando já era cinza,
esse simples suor.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Sofilha.

Por que quando não te vejo,
e sinto tanto,
toda vez é recomeço,
como se tu nascesse de novo pra mim,
e a cada dia espaçado que te vejo,
e nesses poucos anos teus, sou incompleto.
Mas parece que é como se somassem-se um a um,
pequenos pedaços de meu amor por ti, minha essência,
Parece até que ele não é completo.

Entretanto suponho, amor meu:
que sempre, os poucos momentos teus,
foram de intenso renovar-se em força e fé na vida.
Como homem, e como pai.
E de forma peculiar, nos teus olhos,
vejo algo mais,
que agora parece-me bem mais que ontem,
e bem menos que amanha,
um quase sempre, ou eterno descontínuo.,
de inicio daquele amor,
sabe? O primeiro dia que te vi?
O primeiro olho que abriste em frente aos meus?
Aquele arrepio único,
que grita teu nome em silêncio:
Sofia.


terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Digo sim.

E digo mais,
que andas confuso,
calejado e difuso.
Digo até,
que não se veste mais Pierrot,
não brinca mais no salão,
nem entrega tão fácil,
teu coração de arlequim.

Digo sem mais,
nem menos,
que teu corpo é tormento,
pro meu revelar.
Mas, sem máscaras caras,
desfaz essa cara,
de quem não tem nada
e de quem não quer mais ter.
O que vem e o que vai,
não preciso dizer,
está escrito em mim,
como está em você.

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Não diga


Dizes que ando tão sério,

guardando mistérios,

anseios e preocupações.

Dizes que já não levo

sorrisos banais

expressões lúdicas

de outros carnavais.

Dizes demais

inventa demais

parece daquelas que

cria e resolve,

bate e cura,

os problemas teatrais.

Não dizes, entretanto,

pra eu ficar tranquilo

cantiga de grilo

e viver pra ti.

Ensaia mas não estreia

não gasta o salto

no meu palco

Só acena e dizes

dizes demais

Sobre aquilo que foi

ou que virá.

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

acorde de mim

Ai que saudade doida de ti:
dos teus acordos comigo,
e teus segredos sortidos,
de dor inexata e paixão.

Ai que saudade culposa de ti:
de fazer tudo errado sem mim,
de curtir sem pensar no porém,
ou errar estar sendo comum.

Descansar entretanto me cansa,
e me ocorre temer teu carinho,
nessa noite sem brio novamente,
em quem sabe, sou teu diferente.
disposto a rogar por ti sem querer.


Quanto segui dores?

Seguir as dores alheias,
as lamúrias,
as dores de cabeça,
ou os percalços,
dos casos que temos,
nem sempre é seguro.
Pode levar-te a outro
parta à Marte qualquer.
Sem homem, nem margem,
e pra rimar homenagem:
saúdo-os!
Verdadeira e em mente,
de coração.


É não entendendo
que se começa a entender
e te olhando toda
além da roupa,
além do corpo,
te vejo louca
com a alma em cicatriz.

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Quem julga?

Posso eu dizer?

tudo aqui guardo,

do silêncio faço o segredo

dos amantes secretos.


Dispersos, um pouco,

nos encontros fortuitos,

mas sinceros nos desejos ocultos.


Amantes resignados,

talvez

por falta de coragem,

por algum contrato social;

e por saber que

ser amante é mais fácil do que casar

e não ser aquilo que poderia ser.

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Carnaval, sem mais delongas.

De novo meu samba na rua,
de novo chegou carnaval.
De novo é meu povo que samba,
e que canta um sorriso afinal.

Mas que triste é sambar por motivo,
sem fazer sentido,
ou sambar sem pois,
pois sorrindo é que samba a mulata,
o de terno e gravata,
e o que entorta você.

Então, se sambas chorando,
e com medo, irritando.
Entenda! É chegada a dispensa,
que eu guardo pra ti.
Entorna esse copo vazio,
engole teu choro calada,
e se vai, já esquecendo o caminho!
Se quiseres, pode até cantar na madrugada,
como uma marchinha triste de cinzas,
o amor que essa noite perdeu.

Abstrai-me!

E quando sou todo interrogação?
Ora são meus filhos,
meu trabalho, minha mulher!
Ora sou esposo indefeso, sem ter fé.
E quando não respondo mais por mim?
Quem sou?
Agora sou resposta,
e caminho lado a lado,
passo a passo,
no teu pé.

Das dunas fiz um porto.

Diante de ti tremo e tenho tudo e remo tanto  para não falar que minha rima fraca e cansada de repouso e  de descanço de um trabalhador da p...