sábado, 20 de junho de 2009

Se as coisas não são tão claras,
Suas mãos enlaçam meu corpo,
Retratos brancos na calçada
Seus seios roçando no meu pescoço.

Se arte anda despercebida,
Na sala, ela, acamada grita,
Na rua só tem escuridão.

No seu corpo eu ouço um curto refrão:
Cantiga fina de desejo,
Carícias surdas entre os beijos,
Penetrantes vibrações.

Num tom azulado,
Já no roxo do corpo,
Exala na tela a cor de amanha.

Variantes na mão sedosa,
Furtiva na alma fogosa,
Descanso das maçãs.

Eis o quadro turvo em lilás,
O quadro do abstrato amor.
O resto se desfaz
E se refaz num branco suor.

terça-feira, 9 de junho de 2009

Somente só.

Teu corpo é como pecado,
que me desperta um santo prazer,
Tão divino deleite,
que padeço antes mesmo de morrer.

Teu olhar é como fogueira,
que me incendeia de um fogo feroz.
E quando me torro todo,
viro chama, e acabo queimando os lençois.

Teu sorriso porém,
não tem caracteristicas especiais,
me parece apenas um sorriso,
simples e só,
pelo qual me apaixonei,
só e simplesmente.

Regressão?

Às vezes confisco minha alma, e dentro dela vou teateando minhas emoçoes. Nesse dia, é como se eu deixasse um pouco de viver, e estivesse meio morto. Passeio disperso nas conversas vazias, no barulho dos carros apressados, nas incoerências da televisão imbécil. Até a poesia torta que não consigo escrever consegue me irritar, até teus olhos tristes não conseguem me abalar.
Teu sorriso? Bom, esse sim me tira um pouco das trevas, mas é só eu perde-lo de vista que volto a escuridão cinzenta. Engraçado que nessa escuridão não sou mais cego por completo, parece haver luz brotando do chão, e alisando minhas pupilas essa luz me deixa ver sobre feixes opacos momentos de minha vida [viad que aquela hora não vivo] da minha vida sob o unico foco em que das tristezas mais profundas da minha alma eu só pssa levar as mais melancólicas alegrias.

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Conselhos (temporário)

Jogue-me fora!
Assim esquisito.
P'ra mais tarde voltar,
tonto de bebida.

Me esqueça agora!
Vá pra rua dar-te aos amigos!
E quando tossir tua fumaça,
de cigarro, e de bebida,
sei que vais querer voltar.

Quando estiver na cama de outras mulheres,
faz favor de não lembrar de mim.
Pra que no gozo, não grite meu nome à outra,
me dizendo ter amor.
Daí se arrependa!
E volte pra você vê,
que do nosso amor nada sobrou.
E p'ra o nada que deixou,
não vai vais poder voltar,
pois ja´não há mais nele,
espaço para você.

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Eu apenas queria que você soubesse...

Ah amigo... Por onde andará você? Faz muito tempo que a gente não conversa. Depois daquele episódio bobo, em que foram ditas palavras erradas, não mais senti em você a doçura de outrora. Sabe meu amigo, eu sinto falta do aconchego do seu abraço, do encantamento que provoca o seu sorriso.

Nós tínhamos uma sintonia tão concreta, uma amizade tão sólida que nunca imaginei que alguma coisa ou alguém pudesse nos apartar. Creio que acabamos por esquecer algo no caminho, deixamos num canto qualquer nossos melhores momentos. O que eu mais temia que acontecesse aconteceu. Nos perdemos meu amigo, e não sei se conseguiremos nos enxergar novamente.

Eu apenas queria que você soubesse que tudo o que eu já lhe disse nessa vida é a mais pura verdade. É que eu sinto muita falta dos seus olhos de meia-noite e da segurança que era estar ao seu lado... Por mais que o abismo entre nós cresça a cada dia... você sempre será o meu menino dos olhos de meia-noite... meu irmão, meu amigo, meu amor...

Das dunas fiz um porto.

Diante de ti tremo e tenho tudo e remo tanto  para não falar que minha rima fraca e cansada de repouso e  de descanço de um trabalhador da p...